A filiação da equipe da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) ao Projeto Nacional Para a História do Português Brasileiro (PHPB) ocorreu no ano de sua fundação, em abril de 1997, por meio do Programa para a História do Português (PROHPOR), da Universidade Federal da Bahia (UFBA), coordenado, na ocasião, por Rosa Virgínia Mattos e Silva.
O PHPB estrutura-se em três campos ou frentes inter-relacionadas de investigação:
O primeiro projeto feito dentro das agendas do PHPB, desenvolvido pela UEFS, foi o “Contribuições para a constituição de um banco de textos e de um banco de dados para o estudo da história do português do Brasil, do séc. XVII ao XX, coordenado por Ilza Maria de Oliveira Ribeiro e co-coordenado por Norma Lucia Fernandes de Almeida e Zenaide de Oliveira Novais Carneiro. A partir de 2010, integrou-se à equipe, Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda; e, a partir de 2018, Huda da Silva Santiago.
A partir de 2006, a Equipe do PHPB-UEFS, como costumava se referir Rosa Virgínia Mattos e Silva, alocada no Núcleo de Estudos de Língua Portuguesa (NELP), no DLA, voltou-se mais especificamente para os sertões coloniais, seguindo uma vocação da UEFS. Os sertões coloniais, período compreendido entre 1640 a 1750, abrangiam o interior da capitania da Bahia, Piauí, norte do atual estado de Minas Gerais e das áreas ribeirinhas da banda esquerda do médio São Francisco, zonas fronteiriças tratadas como áreas de fricção entre o que chama de instável território luso-brasileiro e os espaços nativos (Santos, 2010). Ainda pouco estudados, os sertões, até o século XIX, têm sido, na historiografia, vistos sempre através do contraste com a costa. A sua população autóctone, marcada pela diversidade linguística, foi, até esse período, tratada genericamente como "Tapuias".
Nesse contexto de estudos voltados aos sertões coloniais, foi implementado o projeto “Vozes do Sertão em Dados: história, povos e formação do português brasileiro (PB), de 2009 a 2011 (CNPq 401433/2009-9)”, com o objetivo de promover publicações de estudos linguísticos, de história social do PB nos sertões e de coletâneas de corpora , de fases anteriores ainda não publicadas, e de novas amostras, em parceria com o projeto “A Língua Portuguesa no Semiárido Baiano (1994-2017)”, voltado à formação de amostras de fala de comunidades rurais e urbanas do Semiárido baiano.
As publicações de coletâneas de corpora derivaram do “Banco de Documentos Históricos do Sertão (DOHS)”, cuja versão eletrônica passou a ser dominada “CE-DOHS - Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão (FAPESB 5566, Edital Referência, 2011)”, disponibilizado na rede mundial de computadores .Esse projeto fez Convênios de Transferência de Tecnologia com a Unicamp, desenvolvendo diversos Planos de Trabalho com o projeto Corpus Histórico do Português Tycho Brahe, da Universidade Estadual de Campinas, coordenado por Charlotte Marie Chambelland Galves.
A Equipe Nacional do PHPB é formada por mais de 200 pesquisadores, distribuídos por equipes regionais, que se dedicam às seguintes atividades: Organização do corpus diacrônico; História social do PB; Mudança gramatical do PB; Tradições discursivas, constituição e mudança dos gêneros discursivos; Diacronia dos processos constitutivos do texto e História do léxico do PB.
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