Trata-se 27 documentos – 3 cartas, 14 certidões, 5 ofícios, 3 atestados, 2 requerimentos e, adicionalmente, 1 representação feita por Soldados do 4º Regimento –, entre os quais 23 foram escritos entre os anos de 1648 e 1793, em Pernambuco, e 3, na Bahia, por 16 escreventes do Terço de Homens Pretos e Pardos, originários dos Terços de Henriques, espalhados pelo Brasil, que oficializaram os seus postos dentro do Terço e cobraram por soldos aos seus superiores. Os escreventes são: Henrique Dias; Jorge Luiz Soarez; Domingos Rodrigues Carneiro; Manuel Barbalho de Lira; Luís Alves Pinto; Luís Nogueira de Figueiredo; Brás de Brito Souto; Ignácio Gomes da Fonseca; Joze Mendes de Morais; Francisco Xavier Correa; Antonio de Sá de Jesus; Antonio Manoel Prazeres; Manoel de Oliveira Miranda; Carlos Barbosa e Cardoso; Manuel Mendes dos Prazeres; Braz de Brito Souto. Os terços militares – milícias compostas por homens pretos, auto-organizados – foram criados durante a Guerra da Restauração (1645-1654) e, após a reconquista, foram mantidos e se espalharam por outras capitanias da colônia portuguesa. No cenário da guerra contra os holandeses, o homem preto Henrique Dias se destacou e se ofereceu para lutar contra os invasores, reunindo, junto a si, um grupo de homens, também pretos, para ficar no front da luta armada. Esta documentação está sob a guarda do Projeto Resgate Barão do Rio Branco.