FASE 1:
A língua portuguesa no semi-árido baiano: Fase I - constituição de corpora e estudos lingüísticos da língua falada no Piemonte da Diamantina/zona rural do município de Anselino da Fonseca e Chapada Diamantina/zona rural do município de Rio de Contas
Descrição: Nessa fase inicial do projeto, que busca contribuir para o conhecimento da realidade lingüística brasileira e, de forma específica, para o estudo da língua falada em áreas do semi-árido baiano, foram escolhidas as comunidades a serem gravadas, de forma que representassem o avanço da língua portuguesa na Bahia, a partir do século XVII, numa perspectiva sócio-histórica. O projeto se beneficiou das viagens feitas para o projeto ‘Vestígios de língua crioula em comunidades afro-brasileiras isoladas’, coordenado por Alan Baxter e Dante Lucchesi, no qual atuamos. Através de várias andanças pelo sertão, em 1993, consideramos que, para além da importância do estudo de comunidades afro-descendentes, havia um imenso sertão mestiço a ser estudado. A nossa hipótese era de que o português foi adquirido, sobretudo por mestiços, em situação de transmissão lingüística irregular. Aceitamos essa empreitada com o objetivo de iniciar as pesquisas na UEFS, que tem sua vocação o estudo do semi-árido baiano, em várias áreas de conhecimento. Na seleção das comunidades, foram importantes os estudos sócio-históricos no âmbito do PROHPOR, coordenado por Rosa Virgínia Mattos e Silva, do qual somos membros, na chamada equipe UEFS, e as cartas do Atlas prévio dos falares baianos , coordenados por Nelson Rossi. A metodologia de coleta foi estabelecida nos moldes da sociolingüística quantitativa laboviana (Labov, 1972; 1982). A composição do material segue os princípios da sócio-histórica. Desse ponto de vista, a coleta oral representa um ponto no percurso histórico do português brasileiro.
Desse fase do projeto, entre outros trabalhos, publicamos “Amostras da língua falada na zona rural de Anselino da Fonseca e Amostras da língua falada na zona rural de Rio de Contas.
Equipe fase 1:
Coordenadoras: Norma Lúcia Fernandes de Almeida, Zenaide de Oliveira Novais Carneiro
Estudantes: Gelsânia Alves (IC), Vanúsia Baptista (IC), Gutemberg O. Guimarães (IC), Juvanete Ferreira Alves (IC), Luiz Eduardo Simões de Burgos (IC), Deijair F. da Silva (IC).
FASE 2:
A língua portuguesa no semi-árido baiano: Fase II - constituição de corpora e estudos lingüísticos da língua falada na região Nordeste/Jeremoabo (Casinhas, Lagoa do Inácio e Tapera) e Paraguaçu (São José das Itapororocas e Matinhas).
Descrição: Nessa fase, o projeto volta-se para duas regiões da Bahia, a Nordeste, uma das mais antigas e a Paraguaçu, um importante ponto de passagem para o interior da Bahia. Na região Nordeste, as comunidades escolhidas foram: Lagoa do Inácio, Casinhas, Baixa da Tranqueira e Abóboras. Na região Paraguaçu, as localidades escolhidas foram duas, a saber: 1) São José de Itapororocas, tendo o corpus sido gravado por Ana Cristina S. Silva (IC-PIBIC), que também fez um re-contato, mais de 20 anos depois, com 11 informantes gravados na ocasião por Juvenal Vieira (mestrado, na UFBA, orientado por Nelson Rossi); 2) Matinha (comunidade mestiça com predomínio da população de origem africana), comunidade gravada por orientandos da professora Norma Lucia F. de Almeida. A metodologia de coleta foi feita nos moldes da sociolingüística quantitativa laboviana (Labov, 1972, 1982). Na fase III, as gravações serão feitas na sede do município de Feira de Santana. No ano 2000, o projeto foi coordenado por Iderval Miranda. A pesquisa foi parcialmente interrompida entre 2001 e 2005, devido afastamento para estudo de alguns dos seus integrantes, a saber: Paraguaçu por Norma L. F. de Almeida (doutorado/UNICAMP); região Nordeste, por Adriana Pinheiro (mestrado/UFBA) e concentrando-se nessa mesma região, a Nordeste, Zenaide Carneiro, voltou-se para pesquisa com dados históricos do século XIX (doutorado/UNICAMP).
Equipe da fase 2:
Coordenadoras: Norma Lúcia Fernandes de Almeida e Zenaide de Oliveira Novais Carneiro
Pesquisadoras colaboradores: Patrícia Ribeiro de Andrade (Profa. UNEB), Iderval Miranda (Prof. UEFS), Silvana Araújo (profa. UEFS), Robson Batista (prof. UNEB)
Estudantes:
Hilmara Moura (mestranda/UFBA), Aldísia Malafaia (IC), Maria Rosane Passos (IC), Denise Branco Cerqueira (IC), Mônica Araújo Cruz (IC), Ana Cristina S. Silva(IC), Jan Carlos Dias de Santana (IC), Janivam da Silva Assunção (IC), Vanúzia Batista (IC), Gutemberg O. Guimarães (doutorando).
Juvanete Ferreira (Mestranda/UFMG), Adriana de S. S. Pinheiro (mestranda/UFBA, profa. Substituta UEFS), Franciane Rocha (IC), Murillo da Silva Neto (IC), Thiago Alves França (IC), Maria S. Reis, Luzia Souza (IC), Gracielli Fabris (IC).
FASE 3:
A língua portuguesa no semi-árido baiano:
Fase III - corpus e estudos lingüísticos da língua falada na região do Paraguaçu/Feira de Santana
Descrição: Essa fase do projeto, que busca contribuir para o estudo da língua portuguesa falada em áreas do semi-árido baiano, volta-se para Feira de Santana, porque, dada as suas características peculiares, a de entroncamento viário, congrega diferentes falares sertanejos, sobretudo do interior da Bahia. A metodologia de coleta segue os moldes da sociolingüística quantitativa laboviana (Labov, 1972), privilegiando as gravações DID (diálogo entre informante e documentador), com mais de 70 horas de gravação. Integram os seguintes subprojetos, a saber: Subprojeto 1: fala vernacular de feirenses filhos de migrantes (12 inquéritos), fala vernacular de migrantes (12 inquéritos), todos com no máximo quatro anos de escolarização (12 inquéritos), a cargo de de Zenaide Carneiro e integrantes; Subprojeto 2: fala vernacular de feirenses filhos de feirense (12 inquéritos), feirenses da zona rural (12 inquéritos), todos com no máximo quatro anos de escolarização, a cargo de Norma Lúcia Almeida e integrantes. Esses dois subprojetos têm como objetivo a descrição da fala popular. O subprojeto 3: fala vernacular de feirenses e migrantes com nível de escolaridade média (12 inquéritos), a cargo de Silvana Araújo e integrantes. E subprojeto 4: fala vernacular de feirenses e migrantes, com nível superior/fala culta (12 inquéritos), a cargo de Eliana Teixeira e integrantes. Estão previstos, ainda, outros tipos de coletas (fala espontânea entre informantes e entre grupos, além de entrevistas por grupo de profissões). Além da coleta de dados orais e análise lingüística de variação e mudança, constitui-se uma das linhas centrais do projeto "A língua portuguesa no semi-árido baiano: fases I, II e III, a futura elaboração de materiais didáticos.
Equipe da fase 3:
Coordenação: Norma Lucia F. de Almeida
Professores pesquisadores: Edleise Mendes, Eliana Pitombo Teixeira, Silvana Silva de Farias Araújo e Zenaide de Oliveira Novais Carneiro.
Bolsistas: Denise Branco Cerqueira - Integrante / Mônica Araújo Cruz - Integrante / Jan Carlos Dias de Santana - Integrante / Janevan da S. Assunção - Integrante / Rosiane de Almeida - Integrante / Julliana Gomes - Integrante / Simméia do Carmo - Integrante / Gracielli Fabris - Integrante / Rosiane Silva de Almeida - Integrante / Juliana Azevedo Gomes - Integrante / Aline da Silva Santos - Integrante / Adna Santos Carneiro - Integrante / Lidiane Ferreira- Integrante.
Financiador(es): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia - Auxílio financeiro. Número de orientações: 2.
FASE 4:
A língua portuguesa falada em áreas indígenas especiais.
A ser implantada
Universidade Estadual de Feira de Santana
CNPq
FAPESB